Uma empresa familiar que cresceu e se tornou numa grande empresa
Filipa Santos gere a SCP Pool Portugal desde a sua aquisição pela SCP Europe em 2001. Por ocasião do 6º ISC da SCP Europe em Lisboa, encontrámo-la 20 anos após o nosso primeiro encontro. Desde 2019, é também presidente da APP, a associação dos profissionais de piscinas que está a crescer em Portugal.
Poder-se-ia dizer que nos encontramos 20 anos depois, certo?
F.S.: Sim, é isso mesmo, a nossa última entrevista foi em 2001. Ainda não havia o ISC da SCP Europe, mas isso foi durante o roadshow em Lisboa, nesse ano. O ano em que a empresa criada pelo meu pai (José Tavares dos Santos) - EXPORLINEA LDA no Algarve - foi adquirida pela SCP. Eu estava a trabalhar lá como Gestora Financeira.
Quantos empregados tinha quando a SCP Portugal comprou a Exporlinea?
F.S.: Na altura, éramos 7 pessoas. O nosso volume de negócios era de 1.600.000 euros e o nosso escritório principal situava-se no sul de Portugal, no Algarve, Portimão. Também, já tínhamos um pequeno escritório em Lisboa, onde eu trabalhava, com um armazém de cerca de 400 m².
E 20 anos mais tarde...?
F.S.: Somos agora 42 empregados, distribuídos por duas agências, uma no sul do país e a principal em Lisboa. Temos também um showroom no Porto (Nota do editor: no norte do país). No total, a SCP Portugal tem 3 edifícios, no sul, no centro, com um armazém de 4.000 m² em Rio de Mouro, perto de Lisboa, e no norte do país. Este ano, vamos registar um volume de negócios de 22.000.000 EUR, impulsionado em média por um crescimento de 20% por ano, durante estes 20 anos.
Showroom SCP Portugal
Spa showroom do SCP Portugal
Em que tipos de projetos está atualmente a trabalhar?
F.S.: Antes da pandemia, já tínhamos um projeto, para o qual temos tido falta de tempo até ao momento, mas que é muito importante para nós. Queremos apoiar os nossos clientes em todos os seus projetos, mesmo os mais complexos, tais como piscinas de hotéis, piscinas comerciais.... Queremos ser uma ajuda, para todos os clientes que gerem as criações e instalações de piscinas comerciais de uso coletivo. Estamos também a trabalhar em projetos de piscinas públicas em menor escala, e em muitas belas piscinas privadas, e áreas de bem-estar, muito equipadas.
A tendência em Portugal é também, como no resto da Europa, ter uma piscina mais pequena, mas muito bem equipada, com balneoterapia, quedas de água, natação contracorrente...
A piscina já não é apenas um tanque de água para nadar, mas também para relaxar num ambiente prazeroso através de várias atividades agradáveis na água.
Estava a falar em profissionalizar os seus clientes? Pode explicar?
F. S.: Devemos de facto profissionalizar o mercado, tentar mudar as mentalidades para que os nossos clientes profissionais vendam mais e melhor, enquanto alcançamos margens mais confortáveis. Já não é uma questão de comercializar um simples retângulo de água, mas de destacar o equipamento, numa piscina mais equipada e bonita. Isto representa uma mudança para os especialistas em piscinas, e devemos apoiá-los nesta direção. O nosso papel agora entra na prescrição com engenheiros, arquitetos, decoradores, paisagistas, para considerar a piscina como um projeto chave na mão, bela, bem construída e com bons produtos incluídos!